Contamos o passo a passo da filmagem do documentário "Escrita Livre", com roteiro e direção de L.S. Alves, que recebeu o patrocínio da Prefeitura Municipal de Joinville, da Fundação Cultural de Joinville e do Sistema Municipal de Desenvolvimento pela Cultura (Simdec). Tal patrocínio foi conquistado por meio do Edital de Apoio à Cultura de 2012.

terça-feira, 5 de março de 2013

A estreia de ESCRITA LIVRE em Joinville

Neste sábado, dia 09/03, às 19h30, será o lançamento do documentário ESCRITA LIVRE no Teatro do SESC de Joinville. A entrada é franca e o filme dura cerca de 40 minutos.
 
Contamos com a sua presença e este é o endereço do Teatro do SESC: Rua Itaiópolis, 470 - bairro América.
 
O dia 09/03 comemora-se o aniversário do município de Joinville. Esperamos que o documentário seja um presente para a cidade.
 
Vejam como ficou o cartaz de ESCRITA LIVRE que foi criado por Marcelo Speck.
 
Até o encontro neste sábado!

domingo, 3 de março de 2013

A edição do documentário

Editar uma filmagem não é uma tarefa complicada. Difícil mesmo é escolher as imagens que vão para a edição final. Quando se filma, já se tem o pensamento e plano de trabalho daquilo que se deseja gravar. Às vezes, rola alguma coisa inesperada que vale a pena registrar. Quando mais filmagens houver, mais opções de escolha para dar formato ao filme.
 
Com relação ao documentário ESCRITA LIVRE, foram muitas e muitas horas de gravação. Muitos materiais ricos em depoimentos ficaram de fora do documentário, pois devemos obedecer ao que foi proposto ao Simdec. Porém, estamos com a ideia de aproveitar o material que não entrou em ESCRITA LIVRE para um novo filme.
 
Esperamos que o documentário seja do agrado de todos que vão assistí-los. A estreia será no dia 9 de março, às 19h30, no Teatro do SESC de Joinville. No próximo post, iremos dar mais detalhes do lançamento.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Gravando com uma família

A tarde do dia 27 foi rica. Em relatos, imagens e vida. A dificuldade dessa tarde de gravação foi encontrar a residência da família que seria entrevistada. Alem dos problemas enfrentados pelas assistentes sociais em manter os cadastros atualizados, ainda tivemos que lutar contra a numeração irregular da rua em que pesquisávamos.

As gravações na zona leste de Joinville nos levaram à casa da família de um detento da penitenciária. Lá, no mesmo terreno, mãe, pai, filhas, genro e netos. Muitos marcados pelo sistema carcerário. Uns diretamente, outros atingidos pela ausência dos que foram recolhidos. Uma família inteira disposta a falar abertamente sobre suas experiências dentro e ao redor do sistema carcerário da cidade. Possuidores de vasta correspondência trocada entre mãe e filhos, esposas e marido, irmãos e irmãs. Uma família que conhece a realidade tanto do presídio quanto da penitenciária industrial. Horas de gravação que ajudaram a montar toda uma paisagem do que é estar preso e ter que se agarrar às cartas para não perder as esperanças.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Uma poetisa falando sobre cartas

A Letter is a joy of Earth –
It is denied the Gods –


Uma carta é uma alegria da Terra
– Denegada aos Deuses.

(Emily Dickinson)

domingo, 9 de dezembro de 2012

Gravando, comendo e correndo

Depois de gravar nos correios, foi hora de passar no centro da cidade para captar algumas imagens características de Joinville e também pra espairecer um pouco, pois o ritmo de trabalho pedia por um respiro e para tanto, nada melhor do que caminhar pela cidade. Deixamos o carro no prédio dos correios que fica na praça junto ao camelódromo. Dali saímos com algum equipamento para percorrer um pouco da Rua XV de novembro, Rua das Palmeiras, Rua do Príncipe e Praça Nereu Ramos. Estava tudo correndo na mais tranquila ordem até que o céu cinzento de Joinville começou a enviar sinais de chuva. E agora? Hora da Ana Alho correr em busca de um guarda-chuva enorme para proteger o equipamento da água que ameaçava desabar. Guarda-chuva na mão, a chuva que iniciara já se interrompera e prosseguimos registrando até a hora do almoço. No retorno pro estacionamento dos correios, conseguimos dois minutos pra parar e descontrair com a decoração de natal da Praça da Bandeira.
 
Pegamos o carro e fomos almoçar no Restaurante do Deco que a produção agendara pra nós. Depois de uma refeição excelente, nos preparamos para as gravações da tarde na casa de uma família de ex-detentos que tem um filho ainda dentro da penitenciária. Logo que saímos do restaurante, notamos que alguma coisa estava faltando. Na verdade, a Ana Alho descobriu que já não estava mais de posse da sua carteira. Enquanto abastecíamos o automóvel, chegamos a conclusão que o objeto fora esquecido na loja que nos vendera o guarda-chuva. E lá fomos nós de novo para a Rua do Príncipe em busca de recuperar o que havíamos perdido. Por sorte, a loja percebeu o fato e guardou o pertence na esperança de que o proprietário retornasse e foi exatamente o que aconteceu.









Joinville, 27 de novembro de 2012.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Filmando nos Correios

O dia começou cedo na unidade dos Correios que atende o sul de Joinville. No Centro de Distribuição Domiciliária Joinville Sul, fomos recebidos pelo gerente Vilmar de Campos que nos apresentou à equipe de carteiros explicando o nosso projeto e solicitando o apoio de todos, o que foi de vital importância para o bom andamento dos trabalhos. Começamos captando sons e imagens gerais dos trabalhadores enquanto trabalhavam. Depois passamos para planos detalhes de mãos, cartas, caixetas, carimbação, etc. Colhemos assim lindas imagens que poderemos usar na entrevista do carteiro e também ao longo do filme. A conversa com o carteiro Silvio Fagundes, responsável por entregar as correspondências na penitenciária, fluiu de forma agradável. Bem articulado e interessado em participar, contribuiu muito bem para o documentário.
 
Certo momento das gravações, notamos uma espécie de carrinho que o pessoal dos Correios usa para carregar caixas de cartas e que aos nossos olhos surgiu como uma maravilhosa oportunidade de termos um travelling em nosso filme. Fizemos duas tentativas, levando o carrinho de um lado a outro da unidade. No monitor da câmera a imagem ficou bacana. Vamos ver agora na edição como vai ficar numa tela maior.
 
Joinville, 27 de novembrro de 2012.

domingo, 2 de dezembro de 2012

Gravando pra valer

Mais um dia de gravações em Joinville. Apesar de que em nossos contatos telefônicos tenhamos obtido pouco retorno dos familiares de detentos, a equipe de assistência social da penitenciária voltou a nos apoiar com mais pesquisas e conseguiu nos dar uma direção para seguirmos. Já que estávamos na unidade, aproveitamos para ter uma conversa com o diretor do lugar. Richard Harrison Chagas dos Santos, uma simpatia de pessoa com idéias inovadoras e vontade de fazer acontecer. Proporcionou-nos uma meia hora de agradável conversa sobre as cartas e o processo de ressocialização dos apenados. Pena o tema do documentário ser tão específico, pois essa personagem renderia horas de conversa interessante sobre o sistema carcerário e as possíveis opções de evolução do mesmo.
 
Mais tarde, seguindo as dicas da assistência social encontramos uma família que mantém extensa correspondência com um dos apenados da unidade. A recepção calorosa e a vontade que eles têm de se expressar foi um alento para a nossa equipe. Tivemos outra conversa interessante colhendo dados para uma entrevista mais longa a ser realizada no dia seguinte.

Joinville, 26 de novembrro de 2012.